SIM, EU POSSO!

Barack Obama usou essa expressão, no coletivo, como slogan em sua campanha inicial para a conquista da presidência dos Estados Unidos – “Yes, we can”. E nós também podemos conquistar o que quisermos se tivermos Força de Vontade.

Esse conceito, também conhecido como autodisciplina, autocontrole, determinação, ou simplesmente “garra”, é a habilidade das pessoas de controlarem o seu comportamento, suas emoções e sua atenção. Trata-se de ter foco e concentração para atingir um “objetivo maior”.

Ter Força de Vontade significa dispor de uma energia interior para sermos capazes de resistir a impulsos comportamentais e postergar a obtenção de uma gratificação imediata (ou dela abrir mão), em troca de conseguir atingir aquele objetivo maior.

Dito de outro modo, trata-se de sermos capazes de suprimir pensamentos, emoções ou impulsos, bem como de sabermos nos autorregular. O nível de Força de Vontade que conseguirmos alcançar determinará, por exemplo, se seremos capazes de economizar ao invés de gastar, para criarmos um pecúlio para a nossa aposentadoria, ou para dispormos de uma reserva financeira para enfrentar uma enfermidade ou algum evento fortuito que nos onere. Outro exemplo seria dispormos de Força de Vontade para nos autoimpor um comportamento alterado, visando a atingir uma melhor saúde física ou mental, para abandonar hábitos que nos incomodam, ou superar vícios que quisermos abandonar.

A Força de Vontade é uma energia, mas ao mesmo tempo é um bem escasso. Ela precisa ser gerada e sua geração pode ser muito difícil. Parcela considerável da população não consegue planejar sua vida. Geramos a Força de Vontade com os nossos pensamentos conscientes. O ser humano pensa em alguma coisa em cada segundo das 24 horas de cada dia. Até quando dormimos pensamos, e chamamos esses pensamentos de sonhos. Quando conseguimos nos lembrar conscientemente dos pensamentos que tivermos em determinado período anterior e conseguirmos transformá-los em experiência de vida, incorporamo-los em nosso acervo intelectual. Esse acervo torna-se o banco de dados a que recorremos quando planejamos o nosso “dia seguinte”, ou seja, quando conscientemente estabelecemos os objetivos que queremos alcançar em um período posterior.

O processo precisa ocorrer em estado total de consciência, para que seja racionalmente consistente e exequível. Quando não conseguimos essa realização, perdemos o foco e corremos o risco de nos distrairmos com múltiplos objetivos difusos e de realização duvidosa. Mas, quando conseguimos, mudamos o nosso comportamento e vivemos mais felizes.