A Jarra da Vida

Às vezes, deparamo-nos com algo que chama a nossa atenção por sua relevância ou sua simbologia. Ao navegar pela internet, encontrei uma história, de autoria desconhecida, que, a meu ver, é relevante como perspectiva para olharmos a vida.

Era uma vez um professor de filosofia, que pretendeu dar aos seus alunos uma lição de vida. Colocou sobre a mesa uma grande jarra vazia de vidro transparente. Em seguida, retirou bolas de golfe de uma sacola e colocou-as, uma após a outra, na jarra, até enchê-la completamente. Então, perguntou aos estudantes se a jarra estava cheia. Ninguém duvidou que estivesse. 

Então, o professor tirou de debaixo de sua mesa uma caixa contendo pequenas pedrinhas e colocou-as na jarra, sacudindo-a para permitir que as pedrinhas ocupassem os espaços entre as bolas de golfe. Quando terminou, perguntou aos estudantes se a jarra estava cheia. Novamente, ninguém duvidou que a jarra estivesse cheia.

Dando continuidade ao experimento, o professor apanhou um recipiente contendo areia e despejou o material na jarra, sacudindo-a para que a areia ocupasse os espaços entre as bolas de golfe e as pedrinhas. Aí, novamente perguntou se havia quem discordasse que a jarra estivesse totalmente cheia. Não havia quem discordasse, embora o semblante dos estudantes já mostrasse uma expressão de incerteza quanto à resposta certa.

Finalmente, o professor apanhou duas latas de cerveja, abriu-as e despejou o conteúdo na jarra.

A seguir, disse aos estudantes: As bolas de golfe representam aquilo que é essencial em nossas vidas - a família, os filhos, os amigos, a saúde, os nossos valores éticos e morais, e as nossas paixões. Ainda que não tivéssemos nada na vida a não ser o que as bolas de golfe representam, teríamos uma vida plena porque seria vivida em sua essência.

O professor continuou, dizendo: As pedrinhas representam outras coisas na vida que são importantes, mas não são essenciais - o nosso trabalho ou emprego, a nossa moradia, ou os bens materiais que nos dão conforto de viver.

Finalmente, observou: A areia é todo o resto que compõe a nossa vida. São as “coisas” pequenas, insignificantes. No entanto, o professor chamou a atenção para um detalhe: se colocarmos a areia na jarra antes das bolas de golfe e das pedrinhas, não haverá espaço para colocarmos em nossa vida o que é essencial e importante.

O professor, então, deu a aula por encerrada, mas uma estudante se manifestou e lhe perguntou: professor, por que o senhor despejou as duas cervejas na jarra? Disse o professor: porque é preciso encontrar tempo na vida para tomar uma cerveja com um amigo.

Moral da história: a nossa felicidade depende somente de nós mesmos, das prioridades que estabelecermos e respeitarmos quando de sua execução.

 

Publicado no Boletim Mensal da Academia Juvenil de Letras de Itajubá, MG, edição de NOVEMBRO de 2015.