PÂNICO – ANGÚSTIA EM MAIS ALTO GRAU

A chamada Síndrome do Pânico é diferente das reações normais de medo e ansiedade que todos nós temos de vez em quando. Quem sente pânico, que surge de repente e sem aviso prévio, sofre com os sintomas, que incluem acelerado batimento cardíaco, suor acentuado, dificuldade respiratória, sensação de engasgamento, ânsia de vômito, calafrios ou fogachos, tremores, e a terrível sensação de estar morrendo.

A ciência ainda não descobriu o que desencadeia uma crise de pânico, mas suspeita-se de causas biológicas e genéticas, circunstâncias ambientais, do padrão alimentar da pessoa, do consumo de drogas, do fumo ou do álcool, além de causas associadas ao estresse da vida moderna.

Quem sofre de crises de pânico sente um medo permanente em relação a quando surgirá a próxima crise, que faz com que essas pessoas cheguem a alterar a sua rotina de vida para não serem surpreendidas por uma crise quando estão fora de casa, evitando, assim, sentir-se envergonhadas por vivenciarem a crise em um lugar público. Esse tipo de situação tem o nome de agorafobia (o medo de que a crise de pânico ocorra repentinamente, ou, dito de outro modo, é o medo de ter medo, de estar no meio de uma aglomeração humana e achar que não conseguirá sair dela).

A Síndrome do Pânico pode ser tratada, seja pela medicina, e, portanto, com medicamentos, seja através de psicoterapia, mas, preferivelmente, deve-se combatê-la pela combinação do atendimento médico com o psicoterapêutico.

No caso de terapia psicanalítica, procura-se identificar na história de vida da pessoa e em seu inconsciente as possíveis causas das crises de pânico. A pessoa é condicionada a aprender a dialogar consigo mesma, para ter mais autocontrole. A alteração do padrão de alimentação, com a redução do consumo ou até a eliminação de itens contendo cafeína (café, chá, bebidas estimulantes como as “Colas”, e chocolate) pode ser muito benéfica. Praticar exercícios físicos é obrigatório no processo de cura da Síndrome do Pânico.